Com pés e coração em Moçambique, escrevo aos participantes do encontro de formação missionária do nosso regional Sul III. Alguns de vocês já me conhecem, mas a todos e todas gostaria de partilhar um pouco de minha experiência missionária. Confesso que também desejaria ouvir vossas experiências de missionariedade no mundo onde vivem A verdade é que todos(as) somos missionários(as) em nossa realidade. É nossa identidade cristã mais profunda.
Alguns dias atrás encontrei na internet (MSN) um jovem de Porto Alegre que atuava no grupo de jovens de sua comunidade. Ele partilhou: “Padre, sabia que me converti? Agora encontrei Jesus numa Igreja evangélica. Deixei de fazer coisas erradas que outrora fazia e tal...”. Penso que muitos de nós já ouvimos alguma história parecida. Cristãos católicos que após mudarem de Igreja, dizem ter encontrado Jesus. Nunca dei muita importância a estas histórias. Mas desta vez dei-me o direito de um questionamento missionário sobre o tipo de evangelização que realizamos: Qual a centralidade de nossa palavra e testemunho? Conseguimos com nossa formação apontar o caminho da fé autêntica e verdadeira na pessoa e no projeto de Jesus? Será que conseguimos expressar com opções e atitudes que amamos Deus com todo coração, com toda alma e com todo entendimento? (cfe. Mt22,37).
Falar de missão e de missionários exige primeiro uma profunda experiência de Deus para amar as pessoas com o coração de Deus. Em agosto os textos dominicais do evangelho provocaram-me nesta direção. A missão como obra do Espírito. Um exemplo é o célebre discurso do pão da vida (Jo6). Jesus ao ensinar na sinagoga de Cafarnaum surpreende e escandaliza o povo com palavras complicadas de entender: “Que palavras duras. Quem pode entender isso?”, murmuravam entre si os judeus depois de ouvirem Jesus falar: “Eu sou o pão que desceu do céu. Quem vem a mim não terá mais fome e quem crer em mim não terá mais sede. Mas já vo-lo disse; vós vistes-me e não credes... desci do céu não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou” (Jo 6,35ss). Jesus na missão recebida do Pai mostra-se um Homem guiado pelo Espírito. Sua palavra tem força e autoridade dada pelo Pai.
Não desprezo a força transformada da palavra, mas sinto que corremos o risco de palavras bonitas e vazias. A escola da racionalidade que passamos super-valoriza os belos e lógicos discursos. Nela aprendemos articular bem as palavras. A humanidade cansou-se de tantas palavras e grita por atitudes e exemplos a ser seguidos. Documentos e textos que apelam para atitudes missionárias já conhecemos e estamos de acordo que este é o caminho do Espírito. O que ainda nos falta? Penso que não sejam mais palavras.
A decisão missionária de quatro leigos de nosso regional nos fala muito, mesmo que não usem muitas palavras. Aqui recebemos como boa notícia que a Tatiane de Porto Alegre, a Camila e Edenilson de Osório e Geraldo de Novo Hamburgo se colocaram a disposição para causa missionária em África. O Espírito está abrindo novas janelas para nossas Igrejas locais respirarem novos ares e deixarem que o vento renovador nos contagie a todos que participam das comissões diocesanas de missão.
Continuemos nesta trilha missionária. Que a inquietação do Espírito nos acompanhe. Que cada um viva este espírito missionário no ambiente e no serviço que Deus nos colocou. Façamos a missão sem muito barulho e desejo de resultados ou sucessos. Não esqueçamos que o Reino dos céus é comparado ao grão do mostarda, a menor de todas as sementes.
Alguns dias atrás encontrei na internet (MSN) um jovem de Porto Alegre que atuava no grupo de jovens de sua comunidade. Ele partilhou: “Padre, sabia que me converti? Agora encontrei Jesus numa Igreja evangélica. Deixei de fazer coisas erradas que outrora fazia e tal...”. Penso que muitos de nós já ouvimos alguma história parecida. Cristãos católicos que após mudarem de Igreja, dizem ter encontrado Jesus. Nunca dei muita importância a estas histórias. Mas desta vez dei-me o direito de um questionamento missionário sobre o tipo de evangelização que realizamos: Qual a centralidade de nossa palavra e testemunho? Conseguimos com nossa formação apontar o caminho da fé autêntica e verdadeira na pessoa e no projeto de Jesus? Será que conseguimos expressar com opções e atitudes que amamos Deus com todo coração, com toda alma e com todo entendimento? (cfe. Mt22,37).
Falar de missão e de missionários exige primeiro uma profunda experiência de Deus para amar as pessoas com o coração de Deus. Em agosto os textos dominicais do evangelho provocaram-me nesta direção. A missão como obra do Espírito. Um exemplo é o célebre discurso do pão da vida (Jo6). Jesus ao ensinar na sinagoga de Cafarnaum surpreende e escandaliza o povo com palavras complicadas de entender: “Que palavras duras. Quem pode entender isso?”, murmuravam entre si os judeus depois de ouvirem Jesus falar: “Eu sou o pão que desceu do céu. Quem vem a mim não terá mais fome e quem crer em mim não terá mais sede. Mas já vo-lo disse; vós vistes-me e não credes... desci do céu não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou” (Jo 6,35ss). Jesus na missão recebida do Pai mostra-se um Homem guiado pelo Espírito. Sua palavra tem força e autoridade dada pelo Pai.
Não desprezo a força transformada da palavra, mas sinto que corremos o risco de palavras bonitas e vazias. A escola da racionalidade que passamos super-valoriza os belos e lógicos discursos. Nela aprendemos articular bem as palavras. A humanidade cansou-se de tantas palavras e grita por atitudes e exemplos a ser seguidos. Documentos e textos que apelam para atitudes missionárias já conhecemos e estamos de acordo que este é o caminho do Espírito. O que ainda nos falta? Penso que não sejam mais palavras.
A decisão missionária de quatro leigos de nosso regional nos fala muito, mesmo que não usem muitas palavras. Aqui recebemos como boa notícia que a Tatiane de Porto Alegre, a Camila e Edenilson de Osório e Geraldo de Novo Hamburgo se colocaram a disposição para causa missionária em África. O Espírito está abrindo novas janelas para nossas Igrejas locais respirarem novos ares e deixarem que o vento renovador nos contagie a todos que participam das comissões diocesanas de missão.
Continuemos nesta trilha missionária. Que a inquietação do Espírito nos acompanhe. Que cada um viva este espírito missionário no ambiente e no serviço que Deus nos colocou. Façamos a missão sem muito barulho e desejo de resultados ou sucessos. Não esqueçamos que o Reino dos céus é comparado ao grão do mostarda, a menor de todas as sementes.
Pe. Maurício da Silva Jardim
Missionário em Moçambique
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